samedi 23 novembre 2019

Entrevista com Sam Riversag

Sam Riversag autora di livro "Por uma selfie com ele"


Sam Riversag, autora da série «Mary and Lola», encenou um jovem londrino (Mary Copter), fã do ator Benedict Cumberbatch. Mulher de grande resistência cómica e com uma força inigualável para enfrentar situações imprevisíveis a que todos estamos sujeitos ... 
O seu livro é um ótimo exemplo do humor inglês.

Como eu disse na minha última crónica, a escritora de "Por uma selfie com ele", Sam Riversag gentilmente aceitou responder a várias perguntas e queria agradecer-lhe sinceramente a sua gentileza e disponibilidade.

— A ideia do livro nasceu por acaso? ou é uma história que teve na cabeça por muitos anos ?
— É uma ideia que surgiu durante uma convenção da série «Sherlock» na BBC, quando vi adolescentes tirar uma foto com Benedict Cumberbatch como se fosse o Santo Graal, quase com lágrimas nos olhos, e pensei que gostaria de escrever um livro sobre isso. Para elas e todas as mulheres que sonham com o príncipe encantado. Precisava de ver a expressão delas!

— Por que optou pela edição automática? 
— Antes de mais, para manter a minha liberdade; poder escolher o título e a capa, preservar os direitos de adaptação e poder escrever o próximo livro sem ficar presa a um estilo preciso. Até porque o próximo livro não será um romance humorístico, o estilo será diferente.

— Quanto tempo precisou para escrever "Por uma selfie com ele"? 
— Foi rápido, as palavras foram colocadas no papel sozinhas, sentia-me inspirada quando regressei da convenção e por isso comecei logo a escrever. Foi durante o mês de novembro, nesses dias curtos, quando começamos a chegar-nos para perto da lareira. Terminei-o em meados de dezembro, com o Natal à porta… Por isso é que uma cena memorável do livro acontece na noite de Natal, uma cena quase "chaplinesca", se é que me faço entender ...

— Para este seu livro, inspirou-se na sua vida ou na dos seus conhecidos? 
— Mais ou menos, a verdade é que sou fã de Benedict Cumberbatch desde Sherlock, portanto já há alguns anos, e quis partilhar isso com outras fãs pelo mundo fora. Tive o privilégio de o ver e aplaudir em "Hamlet". Foi uma sorte ! Dizem que muita gente acampou em frente ao teatro durante 3 meses para conseguir bilhetes para a peça…  De resto, personagens e situações são fruto da minha imaginação, felizmente! Embora todos nós tenhamos encontrado um colega «desumano»

— No livro, Mary é uma grande fã do ator Benedict Cumberbatch. Por que escolheu esse ator?
 — Uma leitora perguntou-me por que não Bradley Cooper, Johnny Depp ou Ryan Gosling, mas era impossível, embora ache Ryan Gosling muito carismático em "La La Land "! Eu escolhi Benedict porque ele é um ator de teatro muito talentusoso (adoro teatro, talvez seja o que explica o ritmo do livro) e porque milhões de fãs o acham uma grande estrela. Porque é inglês, tem sentido de humor, e porque sou fã dele desde sempre, cheguei até a vestir o meu urso de peluche com a roupa mais bonita que ele usou em "Hamlet".

— Há certas passagens na história que me fizeram rir muito, como quando Mary e Lola fazem uma sessão de Ouija e fazem tirangem de cartas e estas são atiradas ao ar. Já alguma vez assistiu a esse tipo de cenas ou pesquisou para esta história ? 
— Eu não precisei de fazer pesquisas, foi o meu primeiro livro, e escrevi simplesmente sobre o que eu conhecia. Já tinha assistido a uma sessão de Ouija e durante algum tempo tirei cartas de tarot. Na verdade, sempre gostei das ciências ocultas, astrologia, de ler as linhas das mãos... São coisas que não se esquecem. Mas no livro o que me interessa mais é a sua vertente cómica. 

— O título "Por uma selfie com ele – Mary e Lola Tomo I" e o fim que fica em aberto, tudo indica que haverá uma continuação. Será uma saga com vários tomos ou apenas um único tomo ?  
 — A minha ideia desde o começo era escrever uma série e, como os leitores acham Mary e Lola simpáticas, continuarei. Gostaria que essas duas personagens vivessem várias aventuras como Brett Sinclair e Danny Wilde. Gostava de brincar com um contraste cómico. Ideias não me faltam para encenar estas duas mulheres. Há tantas coisas que podem ser desenvolvidas ... este primeiro livro estava destinado a dar a conhecer esta dupla de choque, e como alguém o descreveu como sendo adaptável ao cinema, por que não ?  

— Se escrever vários volumes, é possível que o personagem principal mude? Penso em Lola em particular, ou nos pais de Mary que são personagens muito interessantes.
— Mary e Lola continuarão a ser duas personagens principais, elas são como nitrato e glicerina, juntas formam nitroglicerina, uma mistura explosiva. Lola crescerá profissionalmente, Trevor tornar-se-á numa personagem importante e os pais de Mary intervirão com frequência.

— Tem algum caderno onde anota as suas ideias para os próximos livros ou está tudo na sua cabeça? 
— Para este primeiro livro, tinha tudo na minha cabeça. Eu gosto de ir escrevendo, são os personagens e as situações que me dão ideias. Mas sim, algumas ideias foram anotadas aqui e ali, de acordo com a inspiração para o terceiro livro, mas talvez não serão usadas porque vou tendo sempre ideias novas. Eu sou uma caixinha de ideias!

— Qual é o seu momento preferido para escrever?
— À noite. Preciso de concentração. Eu escrevo de uma vez. Os meus personagens  absorvem-me bastante, quando estou imersa na escrita, vivo com eles e esqueço a vida real. É como ter uma segunda vida. Adoro. Vivo as aventuras dos personagens.

— Já está a escrever o seu próximo livro? Se sim, será publicado este ano?
— Está terminado neste momento, está no processo de « releitura ». É um romance policial com um enredo complexo e personagens muito cativantes. Na verdade, é o livro de que Mary fala no final do meu primeiro livro, o que ela escreveu para ver Benedict Cumberbatch. Uma investigação que começa em Paris, leva-nos até Londres, Viena, Roma, Granada à América do Sul, com dois policias franceses e uma psicóloga. Muito suspense, uma história com reviravoltas espetaculares e uma história de amor. Ainda não será publicado este ano, mas no próximo. O problema da auto-edição é que temos de fazer tudo sozinhos, então é preciso mais tempo do que com uma edição clássica.

— Muito obrigado por ter aceite em responder a todas estas perguntas! 
— O prazer foi todo meu, Sarah. Foi muito bom passar este tempo na sua companhia, eu é que agradeço. E espero que outros autores a oportunidade de ser intrevistados por si.


Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire